
segunda-feira, junho 30, 2008
quinta-feira, junho 26, 2008
Elas (ou coisas que me irritam I)
Há coisas que me irritam. Fazendo assim contas de cabeça (e, confesso, não sou sua eximia fazedora) até são bastantes. Muitas. Mais precisamente bués. Esta é uma delas: repetidamente, num contexto absolutamente formal, de trabalho, sou apresentada a uns senhores de fato, que mandam em muitas coisas, e me cumprimentam olhando, numa primeira abordagem, para elas. Elas, esclareço, estão um palmo abaixo do meu pescoço, são duas, redondinhas, tapadinhas, mesmo no Verão, e sem vestígios de claustrofobia de tão apertadinhas que estão no soutien desde a nascença.O “muito gosto” ou “como está” acompanhado daquele olhar deixa-me sempre perplexa, sem resposta. De qualquer forma dá-la seria inútil. Afinal não estão, por certo, a falar comigo, não me ouviriam. Os meus olhos reviram-se, aperto a mão cordialmente e tento não tocar em nada antes do processo de descontaminação. E elas, obviamente, não lhes respondem porque neste corpinho está instaurada a ditadura do cérebro que, aqui para nós que ninguém nos lê, é um porta-voz que nem sempre se sai lá muito bem.
sexta-feira, junho 20, 2008
Indecisão
Programa para o fim de semana: Entre empurrar, com força (des)anímica, o autocarro da selecção nacional de regresso, ir à praia apanhar um carcinoma e filas enormes no percurso e assistir, com entusiasmo e pipocas, ao congresso de PSD, hum… que farei? Vou talvez apanhar um avião e explorar as grandes estepes siberianas à espera que este país, perdão, este verão passe!
quinta-feira, junho 12, 2008
Santo António casamenteiro

"Já fui casado por um juiz. Eu deveria ter pedido um júri." (George Burns)
"O casamento é a maneira de um homem descobrir que tipo de marido a sua mulher teria preferido." (Autor desconhecido)
"O único argumento real a favor do casamento é que ele continua a ser o melhor método para se conhecer alguém." (Heywood Braun)
"Em todo o caso, casai-vos. Se vos couber em sorte uma boa esposa, sereis felizes; se vos calhar uma má, tornar-vos-eis filósofos." (Sócrates)
“Casar-se uma vez é um dever, duas vezes é uma tolice, e três vezes uma loucura.”Provérbio holandês
sexta-feira, junho 06, 2008
quinta-feira, junho 05, 2008
Não, não estão a gozar!
Deixo-vos aqui algumas pérolas, aquando da tal experiência lectiva, que alguns dos meus amigos já conhecem, e riem sempre quando as repito. Estas são verdadeiras. Inacreditavelmente reais:
Acerca da explicação do mito em Filosofia, pedia-se para comentar uma frase da qual fazia parte a palavra “primórdios”. E descobri que “primórdios” era um povo primitivo que habitava a Grécia Antiga.
O aluno repita ciclicamente “Afonso Dom Henriques, Sancho Dom”, etc. E eu corrigia: Dom Afonso, D. Sancho, etc… Até que lhe perguntei o porquê daquela ordem. Respondeu-me que se tratava da família dos “Dom” e por isso o apelido ia sempre depois do nome.
Quando pedido para comentar o provérbio oriental “não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar” houve uma séria e convicta dissertação sobre pesca.
Sócrates e Kant eram amigos e discursavam alternadamente no agora (na Ágora, portanto) lá na Grécia.
A Idade Média era denominada a Idade das Trevas porque ainda não tinham inventado a electricidade.
Na Inquisição os padres com o capuz branco de bico eram os maus, os outros, carecas (suponho que os jesuítas, não sei) tinham medo deles. Queimavam na fogueira as pessoas para não terem trabalho a enterrá-las.
Há muito mais… mas não vos quero continuar a torturar.
Deixo só a nota que de que estamos a falar de uma parte significativa de uma geração desinteressada, alienada e sem o mínimo sentido de curiosidade e que, ainda assim, passa nos exames finais do secundário com 10,11. Incrível!
quarta-feira, junho 04, 2008
Estão a gozar, certo?
Depois da minha experiência lectiva (dando explicações para provas finais do 12º ano de história e de filosofia), ainda não acredito que estas frases (com erros ortográficos e tudo)- compilação dos disparates dos alunos portugueses do secundário - sejam reais.*O cérebro humano tem dois lados, um para vigiar o outro.*

