quinta-feira, novembro 29, 2012

Peço Justiça

E assim começa....

"Este livro defende uma grande e antiga tese filosófica: a unidade do valor.(...) O seu título remete para uma frase de um antigo poeta grego, Arquiloco (...). A raposa sabe muitas coisas mas o ouriço sabe uma coisa muito importante. O valor é uma coisa muito importante. A verdade sobre viver bem, sobre ser bom e acerca daquilo que é excelente é não só coerente, como também  assume um carácter de apoio mútuo : aquilo que pensamos sobre cada uma destas questões deve, subsequentemente, ser confrontado com qualquer argumento que consideremos convincente sobre as outras (...)."

quarta-feira, novembro 28, 2012

A vida secreta dos objectos

Sempre divaguei sobre a vida secreta dos objectos. Comecei, desde cedo, a imaginar que o meu quarto de brincadeiras seria na minha ausência uma espécie de, traduzido para linguagem contemporânea, Toy Story. Depois, recentemente, descobri alguém, no Brasil, com a mesma mania mas com muito, muito mais graça.





Sexo!

João Vaz de Carvalho

Este post é somente uma estratégia de marketing para aumentar as visitas ao meu blog que andam meio por baixo este mês! Infelizmente, há um longo caminho até ao porno-blog....

quarta-feira, novembro 21, 2012

Lá terá de ser




É tão difícil guardar um rio
quando ele corre
dentro de nós.

Jorge de Sousa Braga

Nota-se


Todos falam deste cd que acabou de sair: “Desfado” da Ana Moura . Antes que passe tantas vezes na rádio que já não consigam ouvir mais, fica aqui “Até ao Verão”, que se nota muito bem ser uma música e letra da Márcia.

quarta-feira, novembro 14, 2012

Porca Miséria

Ontem deparei-me com este mealheiro carregado de moedas de chocolate. Não resisti, levei para casa a Porca Miséria.

greve ao medo

Dois homens batem à porta: "Bom dia, minha senhora, viemos para instalar o medo. E, vai ver, é uma categoria".

(acabadinho de sair) Rui Zink, A Instalação do Medo, Ed. Teodolito 

domingo, novembro 11, 2012

Contributo para a felicidade quotidiana


Uma coisa que tem passado quase imperceptível no meio do turbilhão desta crise é o ano do Brasil em Portugal ,traduzido numa diversidade de eventos culturais (muitos gratuitos) que se propõem aumentar a felicidade dos portugueses. No Teatro Nacional D. Maria II está a decorrer, até ao final do ano, o melhor teatro que se faz por lá. E isso eles sabem fazer muito, muito, muito bem. Hoje a peça "Hell" com a fabulosa Bárbara Paz. Um dia destes outra coisa qualquer do programa cuja ida, estou certa, não me vai fazer arrepender nem por um minuto.

sexta-feira, novembro 09, 2012

Africanização


Conheci Kaouding Cissoko há pouco tempo. Estranho não ter resistido à música contemporânea africana. É ela, aliás, que me passou a embalar nestes dias em que tenho acordado muito pouco europeia.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Vai um cafuné?


Frequentemente a história, a moda ou o lobby não fazem justiça. Acho que é o caso do Mário Zambujal, um escritor genial e mordaz, que usa com uma boa dose de malandragem a lingua portuguesa para contar as suas histórias. Descobri-o ainda no liceu com a Crónica dos Bons Malandros e desde aí nunca mais o perdi de vista. Desta vez lembrou-se de nos contar - em Cafuné -  aventuras e desventuras de Frei Urbino e do impetuoso Rodrigo numa das épocas mais surreais da história mundial: a fuga da corte portuguesa para o Rio de Janeiro na sequência dos delirios expansionistas de Napoleão. Boa literatura que nos faz rir de nós proprios. Uma urgência por estes dias.

Frio



Chega o frio e fico assim, doce e serena, a ouvir esta maravilhosa dupla .

terça-feira, novembro 06, 2012

A ciência


A ciência do amor

O amor é um acordo que nos escapa
premissas traficadas sem certezas noite fora
em casas devolutas, em temporais, em corpos que não o nosso
aluviões para tentar de forma contínua
num sofrimento corrosivo que ninguém consegue
não chamar também de alegria

Pensamos que quando chegasse as nossas vidas acelerariam
mas nem sempre é assim:
há emoções que nos aceleram
outras que nos abrandam

Um mês ou um século mais tarde
movem-se ainda, tão subtilmente que não se notam.

Tolentino de Mendonça, Estação Central, 2012