sexta-feira, junho 30, 2006
"Inciclopédia"...
... é um livrinho, publicado pela Editora "Tinta da China", no qual tropeçei aquando das minhas muitas visitas à única livraria de jeito da terra, a "Solmar". Note-se que a outra é a Bertrand cuja empregada achava que D. Quixote era uma editora corrigindo os clientes se perguntassem pela edição ilustrada de Cervantes que saiu o ano passado. Mas falando deste livro que se apresenta como tudo o que não sabia e que queria saber: pareceu-me um pouco americanizado, embora com correctissimas adaptações à realidade portuguesa, mas não resisti e tenho vindo a divertir e aprender muitas coisas com ele.Desde as dez montanhas mais altas do muno, passando pelos nomes Dos Cinco, pelas origens de Oz, por frases de engate em Turco (tudo pode ser útil...), por dicas para testar a frescura de um ovo, pelas expressões famosas do Perestrelo, etc, etc, etc. Deixo-vos umas "pérolas" interessantes. Divirtam-se.
quinta-feira, junho 29, 2006
Breve compilação de ódios (ainda actualizada)
Odeio marcas, matracas, quando te desmarcas do nosso amor.
Odeio azulejos mal integrados no painel, pincéis sujos, dentes cariados e sapatos não engraxados.
Odeio pinhões, sermões , comichões em horas impróprias e balões que rebentam quando já os aprendemos a amar.
Odeio executivos que só executam, juizes sem siso, porteiras que escancaram as nossas vidas, padeiros que deixam queimar o pão.
Odeio empregados que agradecem no plural, senhoras que disfarçam o mau gosto com dourado e condutores que enlouquecem o trânsito.
Odeio pássaros que gritam, cães que mordem e gatos que adormecem assim que nos avistam.
Odeio crianças mimadas, adultos mimados, animais mimados, computadores mimados e tudo o que seja comprovadamente mimado.
Odeio dias de sol no inverno e de chuva no verão, odeio contradição sem sentido, a falta de convicção no ouvido e a mentira em todo o lado.
Odeio reality shows, Vanessas e Carinas adolescentes de roupa e QI alguns números abaixo.
Odeio livros de mil páginas vazios e tristes, odeio música com menos de três acordes, dança a armar ao contemporâneo e toda a pseudo intelectualidade disfarçada de snobismo e ignorância.
Odeio pretos que odeiam brancos, brancos que odeiam pretos, pretos que odeiam amarelos, amarelos que odeiam brancos e as seguintes combinações similares.
Odeio a solidão por obrigação, o banho de imersão com muita espuma e a poluição sufocante.
Odeio o fruto empacotado, a salsa congelada, o hambúrguer congestionado e os hipermercados atormentados.
Odeio casais suburbanos que compram casas a crédito, fazem filhos a crédito e cobram assim amor, cervejas e electrodomésticos aos demais.
Odeio arame farpado, noites de lua nova, janelas fechadas e esperanças magoadas.
Odeio rir mais baixo, murmurar a medo, tactear o caminho, acordar no escuro.
Odeio ir trabalhar todos os dias, vir de trabalhar todos os dias, odeio as segundas que quebram o ritmo do fim de semana e os domingos que indiciam a existência das segundas.
Odeio ter de odiar... cansa muito! E odeio estar cansada...
Entrelinhas
domingo, junho 11, 2006
By night
Decidi definitivamente aproveitar as vantagens do degredo. Há mesmo vantagens. Aliás há vantagem:TEMPO. Sobra. Muito. Vou começar a escrever a minha tese de Mestrado. Primeiro o projecto definitivo precisa de aprovação e de uma alma santa intelectual (já defini qual e começarei em breve a assediar discretamente) que me acompanhará nesta (longa, suponho) caminhada. Afinal faltam seis/sete meses para voltar o que é coisa para 200 noites sem tirar as férias e outras escapadelas. Ando a recolher bibliografia e a pensar... muito. Veremos os resultados. Sinto um leve entusiasmo (o que é óptimo se compararmos com o dos últimos seis meses...). Se for concretizado e aprovado o projecto posso-vos dizer que tem alguma coisa a ver com o que senhores muito maus e inteligentes andam a fazer em Portugal nos últimos tempos (não estou a falar de política meus amigos, eu disse "inteligentes"). O iodo do verão e o jogging diário contribuirão certamente para oxigenar o que resta do meu pobre, velho e cansado cérebro.
E assim vou empurrando lentamente a minha vida, by night.
sábado, junho 10, 2006
OPTIMISMO/PESSIMISMO
Para combater o ócio fui comprar a revista "Sábado"(é o que posso fazer de momento...) e encontrei a propósito da nossa Selecção Nacional de futebol, um artigo sobre o optimismo em geral partindo do caso concreto e, segundo eles, demonstrativo, que é o Scolari. Descobri que, como optimista convicta que sou posso:
- viver mais 7,5 anos que um pessimista (desculpem alguns pessimistas de quem muito gosto mas quem fica para contar a estória sou eu!);
- que tenho um sistema inunitário reforçado, nada de hipertensão, problemas digestivos, ansiedade ou depressão (o meu estomâgo veio estragar estes complexos estudos);
- que 1 m de riso é = 45 de relaxamento; 10 m de riso=abrandar das dores durante duas horas ( vivam as minhas gargalhadas!);
- que preciso para estar bem de 36.360E por ano para viver neste estado de optimismo (feitas as contas são 3.030E por mês, percebo a razão do optimismo!Nem1/10 dos portugueses devem ser optimista pelos vistos...)
- concretização dos sonhos (ainda que nos pareçam absurdos, e isso é boooom!).
Mais palavras para quê, é uma revista semanal optimista portuguesa.
Agradou-me em teoria.
Fez-me rir na prática (lá está, tendo em conta que deve ter durado 30 segundos relaxei 22,5 minutos e todas as minhas dores - as de alma e as de costas- abrandaram durante 6 minutos).
Tempestade atlântica
Entre os relatórios entediantes, uma profunda dor de costas e um café mal tirado atrevo-me, a medo, a olhar para o céu.É sempre mais seguro olhar para ele que para qualquer outro lado. É sempre mais precioso ouvi-lo que a qualquer outra coisa. Então esqueço-me, por momentos, de tudo. Reconduzo os meus sentidos e reescrevo este meu dia, ponho manhã entre parêntises e rasuro uma noite quase em claro. Há quem acredite que é no céu que estão todas as respostas, que é povoado, para além de satélites muitas vezes inócuos, de uma divindade que existe e se manifesta muita além da nossa compreensão. Sempre que nele me detenho entendo que assim poderá ser. Ou que assim é e disso me esqueço com muita frequência. Teologia à parte parece-me agora só um sitio onde posso descansar. Vem aí chuva, dizem. A frase não soa como ameaça. Eu diria que vem aí uma tempestade de (quase) verão atlântica. É biblico dizer que a chuva purifica os Homens. Eu diria que devia chover mais se assim é. E não vale a pena fazermos estudos aprofundados se nas épocas de monções os Homens são melhores, se há uma redução da criminalidade ou outra coisa do género. Guardo só a fórmula primitiva chuva=purificação. Encontro outro momento de conforto. Sento-me num banco de rua junto ao mar, despeço-me, comovida, do último raio de sol e deixo, sem pudor, que a chuva cumpra a sua missão, que deposite em mim toda a bonança que tem uma tempestade.
sexta-feira, junho 09, 2006
Quando era bébé...
... não resisti a mostrar. Como sou filha única suponho que sejam amiguinhos do berçário. Sou a do meio como se pode ver claramente.
Associado a este momento infantil fica aqui ainda o link da letra/música "Saiba" do disco Adriana Calcanhotto - Partimpim(da qual sou fã incondicional, isto traduz-se no facto de saber cantarolar TODAS as músicas, mas vou poupar-vos).
http://www.adrianacalcanhotto.com.br/sec_discografia_list.php
Aviso que, depois de homenagear o ouriço do mar e o da castanha, vou abandonar esta temática e entrar em outras, quiça mais interessantes.
quinta-feira, junho 08, 2006
Para que serve...
... um Blog? Não deixa de ser uma pergunta pertinente. Tenho o direito a não responder, sobretudo porque não sei fazê-lo. Talvez para passar o tempo. Talvez para me obrigar a escrever todos os dias enquanto durar (dizem os estudos que um blog dura em média um ano)...
Queria só dizer que também gosto de peixes e de gatos, não sou totalmente fauno-elitista, como prova a imagem.
O que virá em seguinda? Tcham, tcham, tcham tchammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.
Até lá
Quem sou
Ouriço-cacheiro
Erinaceus europaeus
Ouriço-cacheiro
O ouriço-cacheiro é maior insectívoro da nossa fauna, com um comprimento do corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg de peso máximo, sendo o valor mais habitual os 700 g. É facilmente identificado por ter o dorso coberto de espinhos longos e aguçados, de cor acastanhada e com bandas escuras nas extremidades. A cauda é muito pequena, as orelhas são igualmente pequenas e a cabeça encontra-se bem destacada do corpo. A cabeça e a superfície ventral são densamente cobertas de pêlos. Tem um sentido de visão pouco desenvolvido, ao contrário da audição e do olfacto. Quanto sente perigo enrosca-se, expondo os espinhos como armas de defesa. Hiberna entre Novembro e Março.É um animal solitário e territorial, de hábitos essencialmente nocturnos, podendo ser observado nas últimas horas do dia e ao amanhecer. Alimenta-se sobretudo de invertebrados que encontra no solo - minhocas, escaravelhos, lagartas, aranhas e lesmas - embora também por vezes consuma ovos e pequenos vertebrados - sapos, lagartos, crias de roedores e de aves. Também come peixe, até porque é um excelente nadador. Consome cerca de 70 g de alimentos por noite.
A época da reprodução verifica-se de Abril a Agosto, tendo a gestação uma duração de 12 a 13 semanas. Cada ninhada é composta por 4 a 6 crias.
Tem uma longevidade máxima de 7 a 10 anos, vivendo em média 3. As principais causas de mortalidade são a fome durante a hibernação e a predação por parte de raposas, texugos ou mesmo cães. Os atropelamentos na estrada constituem também um importante factor de mortalidade desta espécie
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