quarta-feira, maio 30, 2012

Contemplativo por contemplativo

O meu velho, experiente e paciente professor, responsável pelo aprimoramento do meu inglês, aconselha-me leituras e séries específicas consoante o que tratamos. Recentemente foi Downton Abbey para eu redescobrir “um certo inglês”. Na verdade já tinha visto quase toda a primeira série legendada no ano passado nas férias. Bonita mas não particularmente interessante. As tricas da criadagem e da nobreza que serve, inseridas num contexto pós-vitoriano, nunca foram hábeis o suficiente para me prenderem a atenção e o coração. Nem mesmo os elegantes modelitos, um ou outro ímpeto romântico ou uma manifestação ligeiramente arrebatadora de convicção – sinal de que as personagens estão mesmo vivas - me entusiasmaram. Há quem considere, tudo isto, uma heresia com direito a excomunhão pois vivem há muito dentro desta história e daquele tempo do qual demonstram, aliás, um inexplicável e absurdo saudosismo. Para mim, contemplativo por contemplativo, sempre é melhor ir pescar porque lá nos encontramos com o a água, com peixinhos gulosos (nos dias bons) e por vezes com umas animadas conversas nem que sejam com os próprios botões.

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