sábado, abril 02, 2011

Onde não chega a crise


"Pergunto-me se o amor está em crise. Se os beijos vão caindo a pique na bolsa.Se há cada vez mais mãos dadas no desemprego e se o preço dos olhares amantes também será afectado.

Parece que o número de solteiros já está a desiquilibrar a Balança Comercial e que a Dívida Pública gerada pelos divórcios é intransponível.

Contudo li em qualquer lado de referência que, segundo especialistas, a grande preocupação é a questão do romantismo.

Parece que o gap entre românticos e os não românticos vai triplicar nos próximos anos e que o romantismo médio per capita está cada vez mais detiorado. Sem falar nos empréstimos de romantismo a crédito aos filmes lamechas.

De acordo com a mesma fonte, o PIB das cartas de amor é inferior à média da U.E. e o BCE está a estudar a hipótese de empréstimo mas como não tem papel perfumado é complicado.

As pessoas acabam por buscar soluções mais económicas como conhecer pessoas e namorar pelo facebook o que, consequentemente, tem impacto bastante negativo na indústria do calçado, das floristas e dos chocolates.(...) Eu acho que o que mudou foi a taxa de câmbio do romantismo e as pessoas ainda não sabem fazer as contas. Porque romântico é comprar voos da Ryan Air para fazer surpresas à pessoa amada. É romântico dedicar videos no you tube. é romântico mandar beijinhos para a câmara web enquanto se fala pelo skype(...) É romântico ceder lugar num transporte público.

De modo que se o amor estiver em crise, eu sou apologista de um afluxo interno e externo de ternura e carinho, de divisas indivisiveis para a sua rápida recuperação. Porque, como vimos, o romantismo está em alta parecendo que não."

A. Schutz

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