quinta-feira, julho 31, 2008
quarta-feira, julho 30, 2008
terça-feira, julho 29, 2008
Origami instantâneo
Pode ser uma paixão, uma obsessão, uma mania, um ódio, uma embirração... para todos existe a solução!
sexta-feira, julho 25, 2008
terça-feira, julho 22, 2008
Ouriça vai à feira
Para acabar de gastar o meu subsídio de férias fui às compras ao jardim mesmo em frente à Câmara de Loures. Em boa hora, só pechinchas!
Trouxe:
Trouxe:
- Uma “Lui Vitón” legítima;
- Uma caçadeira de canos serrados semi-usada e certeira, oferta pack com munições para 50 (tentativas de) homicídios;
- Uma t-shirt “Dolxe i Gabana” a dizer Peace is Sexy;
- Dez gramas de cocaína (com alto teor de Ben-U-Ron) pelo preço de 6 (estamos em época de saldos);
- Um kit completo cigana (peruca, camisa e saia preta e base Helena Rubinstein com a tonalidade característica) para quando for discriminada puder usar o argumento da minoria ou, quando os juros da casa se tornarem incomportáveis, ser realojada onde eu quiser;
- Um agradecimento pessoal das autoridades por me ter, desta forma, solidarizado com o protesto.
Ah! E fiz amigos influentes... se precisarem de qualquer coisa (literalmente), já sabem, é só pedirem!
segunda-feira, julho 21, 2008
Tejo em delta
Este fim de semana fiz um belo jogging musical: palco 1 Ana Carolina, a correr, a correr, palco 2 Rita Red Shoes, a correr, a correr palco 1 Mariza, a correr, a correr, palco 2 Clã, a correr, a correr, ufa, palco 1 Adriana Calcanhotto!
Deixo-vos uma letra do Tê que adoro ouvir cantar a Manuela Azevedo dos Clã:
GTI (GENTLE, TALL & INTELLIGENT)
O sonho dos meus amigos é ter um GTI
não importa de que marca de que cor
O sonho dos meus amigos é ter um GTI
não importa de que marca de que cor
o sonho dos meus amigos é ter um GTI
não importa se inglês ou japonês
eu ando pensativo
porque não tenho esse sonho
ando a pensar qual o motivo porque não sonho com um GTI
o sonho dos meus amigos
é ter um GTI não importa de que marca
de que cor o sonho dos meus amigos é ter um GTI
não importa se inglês ou japonês
os meus amigos riem-se de mim
por ser feliz assim sem sonhar com um GTI
eles não sonham que me basta ter-te a ti
a sonhar comigo desde que te conheci
o sonho dos meus amigos
é ter um GTI não importa de que marca
de que cor o sonho dos meus amigos é ter um GTI
não importa se inglês ou japonês
desde que seja um GTI
desde que seja um GTI
p'ra que quero um GTI
se me basta ter-te a ti
eu não quero um GTI
deita fora o GTI
p'ra que quero o GTI
só me basta ter-te a ti
sexta-feira, julho 18, 2008
Lembrete (pode ser que assim não me esqueça!)
terça-feira, julho 15, 2008
A bola que nos enrola
Uma amiga minha do Rio de Janeiro, que está temporariamente por Lisboa em andanças académicas, dizia-me, num destes dias, que não conseguia ver os telejornais das 20h porque metade era sempre sobre futebol. Recomendei o das 22h na 2, que há quem o chame de intelectual mas eu, que sou uma rapariga simples, apelido-o de normal. O que é mais assustador é o facto do Brasil ter o jornalismo e a paixão pelo futebol que tem. Estão a ver a dimensão? Pois.
segunda-feira, julho 14, 2008
Descoberta
Tenho medo de envelhecer. Tenho mesmo. Descobri um destes dias, não sei bem em que cara enrugada, em que corpo vergado pelo tempo. Conviver com velhos (sem eufemismos) sempre me agradou, sobretudo com os que fizeram o ser percurso coerente e nos olham com um misto de saudade e carinho, sem paternalismos. Há muito para com eles aprender acerca da forma circular do tempo e de como tecer ou conduzir a 20 km hora transformam os dias alucinantes de hoje em toda a felicidade do mundo. Transformar meadas em novelos, ler os clássicos, fazer bolos devagarinho, observar todas as ondas, todas as caras, todas as palavras, aprendi tudo isto com os velhos com que me cruzo. Por isso nunca tive medo de envelhecer. Até um destes dias, talvez tenha sido na senhora de bengala que dia sim, dia não se senta no banco da paragem, pela fresca, com ar rezingão, dorido, a insultar baixinho todos os que lá estão. Nunca a vi entrar em nenhum autocarro, só a vi chegar, afastar as pessoas no banco e enxovalhar convictamente toda a gente que insiste em ignorá-la. Talvez tenha sido no pai dele, homem inteligente, que me ensinou a não ser totalmente idiota, e que agora encontro frequente e literalmente amarrado à cama citando frases eruditas, por certo, mas ausentes de qualquer sentido. Talvez tenha sido na senhora da padaria que limpa os óculos da farinha que os invade. Tantas vezes, há tantos anos. E me diz que quando se é velho sabe-se mais mas anda-se menos. Muito menos. Já não apanhamos o mundo menina. Apanhe-o enquanto pode. Talvez tenha sido pela vizinha do lado. Custa-lhe subir ao primeiro andar. Deu-me uma chave. Esquece-se dela sempre, em qualquer lado e depois telefona-me para puder entrar em casa. Talvez tenha sido naquele seminário, onde descobri que a tirania nos filhos nasce em troca de reformas mais ou menos chorudas, que a violência doméstica é inacreditavelmente violenta. Talvez, por fim, tenha sido ela que deixou toda a alma por aqui mas que tanto lhe doeu o corpo até desaparecer.
Descobri assim que tenho este medo, a vontade presa num corpo inapto, inábil, inerte. Descobri também que é ele que, por me encurtar o tempo, me faz viver mais... muito mais.
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