Lembro-me dos meus dias pavorosos de República Dominicana há alguns anos atrás: resort kitch supostamente integrado na “vegetação luxuriante” que se estende até ao mar, bebidas na piscina-bar (consistia num balcão e respectivos bancos fixos enfiados na dita) a partir das 11 da manhã, das aulas ensurdecedoras de qualquer coisa entre aeróbica e dança latino americana, das multi-actividades “estimulantes” como curso de mergulho numa piscina mínima ou o cortar as ondas (que não existiam) numa espécie de barco igual a uma banana gigante. Lembro-me ainda da lagosta com batatas fritas (argh!!!!!), dos gigolôs indígenas em tanga reduzida que acompanhavam as turistas do primeiro mundo já em plena decadência física mas no auge do vigor financeiro, da discoteca do caribe que estimulava ao absoluto ridículo. Lembro-me dos banhos às 07.00h da manhã na piscina junto ao bungalow quando todos dormiam e da areia meia escura, fria nos pés ainda do orvalho da noite. Lembro-me das milhentas bebidas afrodisíacas locais, que não tínhamos coragem de provar (vide episódio dos gigolôs), do amargo do cacau e da cascata virgem, em plena selva, enquadrada por um guia armado em D. Juan. Lembro-me de tudo isto e dou por mim, inacreditavelmente, a ter saudades.