sexta-feira, julho 27, 2007

Poema em forma de delta

há rios
que são navegáveis
e navegam. é desses que eu gosto.



Jorge de Sousa Braga

terça-feira, julho 24, 2007

A subjectividade do Romantismo


Num dia destes numa daquelas revistas cor de rosa, sempre tão hilariantes, vinha uma reportagem de umas quantas páginas sobre um casamento de famosos-muito-pouco-quase-nada-famosos. Além das discutíveis opções estéticas do vestido e do fato dos ditos a peça jornalística frisava que nas alianças, da marca que-nunca-ouvi-falar, estava inscrito a seguinte frase romântica:

Agarra-te aos meus lábios

Não sei se pelo excesso de trabalho ou pelos dias de chuva ou pela falta de um resort caribenho achei que a frase tinha um toque quase nada romântico. Podia ser perfeitamente um

Pendura-te no meu coração (o que daria uma certa sensação de pendura);
Estatela-te no meu olhar(mau porque podia magoar alguém);
Tropeça nas minhas orelhas (dependendo das ditas a queda podia ser grande);
Equilibra-te na minha bochecha fofinha ( um bocadinho egocêntrico e visualmente desagradável);
Escorrega na curva do meu queixo (radical no caso do chamado queixinho de bruxa);
Apanha banhos de sol na minha testa (bom, agora no verão).


É assim o Romantismo... às vezes custa muito percebê-lo quando vem publicado em pormenores, desapaixonadamente, quase sem querer, a bold, destaque quatro páginas.

quarta-feira, julho 18, 2007

Conversar sobre o tempo...



... que geralmente é o que se faz quando não há assunto. Não se preocupem. Eu tenho sempre assunto, hoje apetece-me mesmo é falar sobre o raio do tempo que não me tem deixado ir à praia como deve de ser! Se continuar assim vou passar o resto do Verão com o casaquito na mala e com o guarda chuva na cabeça! Parece que continuo, metereologicamente falando, nos Açores! (desculpem este post da treta mas isto anda-me MESMO a irritar!).

quinta-feira, julho 12, 2007

Nostalgia kitch


Lembro-me dos meus dias pavorosos de República Dominicana há alguns anos atrás: resort kitch supostamente integrado na “vegetação luxuriante” que se estende até ao mar, bebidas na piscina-bar (consistia num balcão e respectivos bancos fixos enfiados na dita) a partir das 11 da manhã, das aulas ensurdecedoras de qualquer coisa entre aeróbica e dança latino americana, das multi-actividades “estimulantes” como curso de mergulho numa piscina mínima ou o cortar as ondas (que não existiam) numa espécie de barco igual a uma banana gigante. Lembro-me ainda da lagosta com batatas fritas (argh!!!!!), dos gigolôs indígenas em tanga reduzida que acompanhavam as turistas do primeiro mundo já em plena decadência física mas no auge do vigor financeiro, da discoteca do caribe que estimulava ao absoluto ridículo. Lembro-me dos banhos às 07.00h da manhã na piscina junto ao bungalow quando todos dormiam e da areia meia escura, fria nos pés ainda do orvalho da noite. Lembro-me das milhentas bebidas afrodisíacas locais, que não tínhamos coragem de provar (vide episódio dos gigolôs), do amargo do cacau e da cascata virgem, em plena selva, enquadrada por um guia armado em D. Juan. Lembro-me de tudo isto e dou por mim, inacreditavelmente, a ter saudades.

quinta-feira, julho 05, 2007

Falta assim um bocadinho....


... para fazer um click. Desisto. Resolvia-se com uma sesta ao som do mar. Há dias (comprovadamente HOJE) assim!

Este post não é feminista! (mas também não é feminino)



Devido aos milhentos contactos que tenho feito ultimamente, a propósito da Presidência Portuguesa da U.E, ando agradavelmente surpreendida com a quantidade de mulheres que andam por aí a ocupar, nas mais variadas instituições, lugares de relevo. Não sou a favor das quotas e similares, que fique claro, acho isso uma perversão da selecção natural. Contudo há uns anos atrás continuavam a sair aos magotes das faculdades mas (tirando para aí a Tatcher na vertente política mundial e a Padeira de Aljubarrota na vertente história de Portugal/ reality show medieval) as mulheres que ocupavam desde sempre os postos mais elevados eram as hospedeiras (seriamente ameaçadas pelos concorrentes comissários de bordo meios apaneleirados)!

quarta-feira, julho 04, 2007

Happy Family (vide só três primeiros dedos a contar da esquerda)


O patriarca (o do sorriso) acordou, na semana passada, numa cama diferente rodeado de pessoas com o dom da cura. Uma semana depois o tal do dom funcionou (ainda que mais ou menos). Agora acorda na cama de sempre, com o sorriso quase quase igual ao de sempre. É assim a Happy Family, um bocadinho menos Happy, por vezes, mas cada vez mais Family.

segunda-feira, julho 02, 2007

Todos iguais


Por causa de toda esta história que o senhor do blog contou sobre licenciaturas, pelos vistos e lidos, ilusórias, do senhor da DREN bem humorado ou do médico de um centro de saúde do país real que resolve afixar no placard uma noticia peculiar que citava o seu ministro, dizia, por causa de tudo isto e muito mais parece que temos de conter a língua, o riso, o livre pensamento... parece que temos todos de ser... iguais a eles. Arghhhhhhh!