Há dias em que viajamos. A pé, de avião. Aos solavancos numa automotora ou rodopiando cá dentro. Sem enjoar, nunca.
Há dias em que viajamos. Com alguém que nos dá a mão ali ao lado ou em outro continente, com as gargalhadas e as piadas exclusivas dos amigos ou sozinhos numa avenida larga em hora de ponta.
Há dias em que aterramos, subimos ao convés e avistamos terra, acorremos, de imediato, a uma outra plataforma e apanhamos de novo o comboio para longe.
Há dias em que ficamos por aqui. Dormimos e acordamos e não queremos acordar e dormimos. Dias circulares de tempo anestesiado, de papéis ocos nas mãos e de saudades dos dias, desses tantos - quase todos - dias em que viajamos.
Há dias em que viajamos. Com alguém que nos dá a mão ali ao lado ou em outro continente, com as gargalhadas e as piadas exclusivas dos amigos ou sozinhos numa avenida larga em hora de ponta.
Há dias em que aterramos, subimos ao convés e avistamos terra, acorremos, de imediato, a uma outra plataforma e apanhamos de novo o comboio para longe.
Há dias em que ficamos por aqui. Dormimos e acordamos e não queremos acordar e dormimos. Dias circulares de tempo anestesiado, de papéis ocos nas mãos e de saudades dos dias, desses tantos - quase todos - dias em que viajamos.