Os bancos são vermelhos, enormes, quatro, logo à entrada. Entendemos todos que deve ser assim. Por isso ninguém arranca a sinalética ou rasga os estofos. Contudo parte de nós, cansados da vida, dos outros e sobretudo dos que já viveram muito, dos que vivem mal ou dos que são, por nove meses, dois em um, aproveitam a cómoda oportunidade transformando aqueles bancos, enormes, numa passadeira vermelha para que desfilem, entre paragens urbanas, todo o seu egoísmo.
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