De relance o anúncio a mais uma telenovela. Na ficção nacional há sempre um homicídio e mil suspeitos, um que afinal são dois, descoberta de parentescos improváveis, maldades desmedidas, trágicos acidentes e isso parece ser o que impulsiona a vida, o caos que cede lentamente à ordem. Agora transplantes, um coração forte, batendo impaciente pelo novo peito, caixa de esferovite por um corredor fora. Avizinham-se grandes discussões filosóficas no cabeleireiro da D. Otília ou na leitaria do Sr. Zé. A ficção nacional é a energia alternativa (embora nem sempre amiga do ambiente) do país real, ultrapassámos as expectativas mais optimistas: produzimo-la já em excedente, para exportação.
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