Depois de ter feito a bela noitada a escrever a tese, que quanto mais páginas tem mais páginas precisa ter, acordei cedo e rumei à Ericeira porque o meu único sobrinho fazia um ano e ansiava pelos canapés que a Tia Ouriça ia fazer para os convidados.(Está lindo o meu sobrinho que adora os meus mimos misturados com os meus colares gigantes!) Ao lanche fomos invadidos pelos trinta mil convidados e as suas respectivas crianças (as estimativas oficiais apontaram para mais do dobro dos convidados adultos) que animaram a casa, o condomínio, o bairro, enfim, toda a região oeste, com as suas brincadeiras mais ou menos incompreensíveis para as quais tenho uma infinita paciência. Quando já não precisavam que fizesse de “grande”, refugiei-me na varanda para falar de futebol e de política com alguns homens que se tinham refugiado, por sua vez, da restante família. Quando suspeitei que as considerações acerca do universo feminino se iriam iniciar, engoli um café, uma fatia de bolo e uma taça de um belo champanhe num ápice e fugi para a praia do Sul, naquele fim de tarde, ainda a tempo de ver o pôr do sol. Bem sei que é mais ou menos igual há vários milhões de anos, porém a novidade não me empurra necessariamente para a felicidade. Assim, embrulhada na toalha de verão e de botas espalhadas na areia, fiquei ali distraída, sem pensar em nada, eu, o mar, o que restava do sol e dos surfistas do dia, a saborear esse imenso Outono que era aquela praia.
3 comentários:
isso sim, é um bom fim de dia.
Fins de dia na praia são o máximo! (frase típica da tia da linha de cascais).
Já agora, a praia do sul da Ericeira é uma óptima escolha!
Huummm... do que me fizeste lembrar... dos imensos verões da minha juventude passados na Praia do Sul... agora só consigo vê-la com nostalgia... o encanto foi-se, não é a mesma praia...
Beijocas
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