terça-feira, outubro 30, 2007

Venha de lá esse frio!


Pois estou…. Quando vem ele?
Isto das alterações climáticas tem muito que se lhe diga, em três dias levou a que, pelo menos, existissem três declarações que provam uma estreita conexão entre o aquecimento global e a doença psiquiátrica:

Da Casa Branca foi declarado, como uma das justificações para a não ratificação do Protocolo de Quioto, que o aquecimento global até pode beneficiar algumas populações que anualmente sobrem baixas devido às temperaturas negativas. Isto faz-me lembrar uma crónica da semana passada do Bruno Nogueira na TSF sobre o tema na qual enunciava uma série de pontos positivos, a este nível de argumentação (só que integrados num contexto humorístico), mas, por fim, alertava para o facto de haver menos estações, o que podia lixar a vida aos estilistas! Quando a Donna Karan souber talvez pressione o Bush para que faça alguma coisa de jeito.
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A última assembleia-geral do SLB, apelidado pelos inocentes de O Glorioso: no meio de impropérios lançados pelas sancionadas claques (essa espécie que nem o raio do aquecimento global extingue!) ao Presidente Glorioso, o Vilarinho passa-se indignado, qual pai do antigo regime impondo o respeitinho, e diz que aquele senhor não é uma pessoa qualquer e por isso não podem ter aquela atitude, não o podem insultar. Eis um argumento que, se não fosse completamente estúpido, seria, digamos… elitista.
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Os jornalistas, indignados com o facto do pai da Maddie ir retomar a sua actividade de médico radiologista, após toda esta tragédia/palhaçada, arranjam de imediato um especialista, daqueles muito especiais que dizem coisas especialmente espertas, que afirmou que, como colega de profissão, acha um risco um homem daqueles, após todo o sofrimento, voltar à actividade uma vez que os seus níveis de concentração estão mais baixos. Bom, a próxima vez que forem ao médico, que estiverem no hospital para serem operados, que forem ter um filho, façam o trabalho de casa: certifiquem-se (preparem mesmo um formulário) se alguém da equipa médica que os atende teve recentemente um drama pessoal (conceito muito subjectivo, como sabemos), tipo morte de um parente, de um amigo próximo, do cão de sempre, um divórcio litigioso, um telefone sob escuta, um salto partido da bota, uma unha encravada...

1 comentário:

Urso Polar disse...

Ele há dias em que não há pachorra. Apontaste exactamente três situações que colocam o dia nessa categoria.
Concordo contigo. Venha de lá esse frio para ver se a estupidez hiberna um pouco.