Há dias que só me apetece desaparecer para longe. Fazer a mala, marcar quatro golos a Espanha, romper as três zonas de segurança da Cimeira da NATO a toda a velocidade, apertar a bochecha ao Obama, dar canelada ao Sarkozy e tirar o pipo à Merkel. Apanhar um avião imenso que voasse baixinho e servisse perdiz e vinho tinto inexplicável para erradicar o medo. Aterrar no paraíso, em outra Lisboa, onde todos sorriem porque são felizes com o seu modelo de governo assente na educação e cidadania, onde não há subúrbios, nem crianças arfantes, jovens sem esperança, adultos esgotados, velhos sem vida. Quero aterrar nessa cidade branca e azul que parte do Tejo todos os dias para novas descobertas, onde a crise só seja temida se for de valores ou de ideias, onde a sigla FMI só pode querer abreviar Felicidade Mais Intensa.
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