segunda-feira, maio 17, 2010

Amanhã

Amanhã não me vai apetecer escrever nada. Porque hoje tu não respondes, porque ontem não correspondi, porque antes, o antes deste depois, nós não soubemos. Amanhã não me vai apetecer escrever nada. A folha, outra, que retirei agora da minha gaveta de todas as folhas, vai continuar intacta à espera que um dia consiga cumprir o meu destino e escrever desalmadamente, com alma, tudo o que me vai na vida, que não é tanto como não parece mas que apetece ser escrito. Amanhã não me vai apetecer escrever nada porque só tu me sabes segurar assim na mão. Amanhã, se me apetecesse arriscar, forçar os dias sem ti, a letra, estou certa, sairia muito tremida.

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