As minhas resoluções de ano novo foram várias, mais que muitas, imensas, tantas que até agora talvez só tenha conseguido cumprir umas três (e já só faltam quatro meses). Uma delas foi ceder à pressão social e passar férias no verão e no Algarve, felizmente que não as gastei todas porque aí sim seria um drama. Rumei a sul em Junho, voltei e, não contente, repeti, dose menor, em Agosto. O Algarve é lindo sobretudo se estivermos no areal voltados para o mar e na Via do Infante olhando para as serenas serras a norte (Monchique, Espinhaço de Cão e Caldeirão). Aquela faixa mediana de veraneio onde tudo (não) se passa deixo-a aos nórdicos sedentos de álcool e movida e às famílias nortenhas numerosas com algum grau de surdez (dado os decibéis produzidos enquanto dialogam) sedentas, por sua vez, de frango da Guia, de condomínios com tanques de cloro, azulejos e elevador e de feiras de artesanato com produtos típicos da TV Shop. Há os oásis e eu estive em três diferentes, onde só se ouvem os grilos, o mar, o vento suave de sul na pele enquanto lemos devagar, onde navegamos com pescadores para a praia, onde cheira a figos e se apanham das árvores amêndoas envolvidas em pequenos cobertores. Há assim estes oásis onde praticamente me barriquei. Para o ano, estou certa, vou também ser feliz ... só que em outro lugar.
1 comentário:
Hás-de nos dizer em que sítios é que estiveste. Pode ser que cure a minha aversão ao Algarve.
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