Sem perguntar, sem saber nada da minha vida, uma colega quase da mesma idade, casada pela segunda vez, achou que tinha uma missão (se a cumprisse dignamente salvar-me-ia e, em simultâneo, seria redimida de eventuais pecados, suponho): ensinar-me como "caçar um homem" (estou a citar). Abriu ali à minha frente um livro de receitas, daqueles cheios de ingredientes impronunciáveis e de erros crassos nas dosagens. Atitude, roupa, festas, sexo, culinária gourmet, maquilhagem, família, Deus, internet, cabeleireiro, massagens, danças exóticas. Ouvi atentamente sem perder pitada. No final liguei para o 112, alertei a Organização Mundial de Saúde para o risco de mais uma pandemia e retirei-me imune, morta de riso e certa de que basta ele dizer uma só palavra e eu serei salva.
4 comentários:
Definitivamente tens que dizer ao resto da blosfera de onde vêm as imagens do blog!
P.S. para o caso de estares desactualizada vou tentar encontrar uma imagem gira para "primeiro passo" ;)
Conheço o género.
É fugir. Fugir mentalmente, por detrás do sorriso e dos meneios de assentimento... E fugir de facto, a quantos pés tiveres e houver, da próxima vez que lhe sentires o cheiro... ;)
Jinhos.
Que tal um: "Deixa estar. Tu fazes mais o meu género". Aposto que nunca mais te incomoda (ou não).
Ou não, com tanta desenvoltura nunca se sabe...
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