na palma da tua mão
e na palma da tua mão
busco ternura
sem contar meses,
anos,dias,
sem saber dizer
se já te chorei
por inteiro
o suficiente
para não voltar
a perder-te
Vasco Gato
Lembras-te? Adormeci logo nas tuas mãos, mal te conhecia. Era um bom sinal, logo eu que dormia tão mal. O tacto de ti conquistou-me ali mesmo. Despudoradamente. Depois deste-me as mãos à beira do mar, naquele dia de inverno, e disseste que sim a uma pergunta que eu ainda não sabia. Eram as tuas mãos a dizerem ternura, olá, fica, paz, sonha. E eu adormeci na tua linha do amor, profunda, curva e que acaba em bifurcação… dizem os quirólogos que é um bom auspício. Acordei no sobressalto de nos quererem comprar alianças. “Só os anéis de Saturno!” –gracejavas da liberdade que as nossas mãos reivindicavam. Deste-me as mãos e fugimos anos, meses,dias. Juntámos as linhas da vida e tacteámos um filho que ainda não veio.
Lembras-te? E assim fomos felizes até àquela minha lágrima que caiu na tua mão no dia em que disseste que te enganaras. “Foi um mal entendido, ela levava as minhas aulas muito a sério eu eu não resisti.” Agora és tu que não me consegues tocar. Olha-me. Ouves-me? Ainda não te chorei o suficiente… mas sei que posso deixar escapar as tuas mãos por entre os meus dedos.
e na palma da tua mão
busco ternura
sem contar meses,
anos,dias,
sem saber dizer
se já te chorei
por inteiro
o suficiente
para não voltar
a perder-te
Vasco Gato
Lembras-te? Adormeci logo nas tuas mãos, mal te conhecia. Era um bom sinal, logo eu que dormia tão mal. O tacto de ti conquistou-me ali mesmo. Despudoradamente. Depois deste-me as mãos à beira do mar, naquele dia de inverno, e disseste que sim a uma pergunta que eu ainda não sabia. Eram as tuas mãos a dizerem ternura, olá, fica, paz, sonha. E eu adormeci na tua linha do amor, profunda, curva e que acaba em bifurcação… dizem os quirólogos que é um bom auspício. Acordei no sobressalto de nos quererem comprar alianças. “Só os anéis de Saturno!” –gracejavas da liberdade que as nossas mãos reivindicavam. Deste-me as mãos e fugimos anos, meses,dias. Juntámos as linhas da vida e tacteámos um filho que ainda não veio.
Lembras-te? E assim fomos felizes até àquela minha lágrima que caiu na tua mão no dia em que disseste que te enganaras. “Foi um mal entendido, ela levava as minhas aulas muito a sério eu eu não resisti.” Agora és tu que não me consegues tocar. Olha-me. Ouves-me? Ainda não te chorei o suficiente… mas sei que posso deixar escapar as tuas mãos por entre os meus dedos.
3 comentários:
Comovente...
[inserir lágrimita]
beijos
Huumm
Tá lindo!
Mas porquê non sense? A mim pareceu-me bem sentido...
(os teus títulos desaparecem?)
Beijos da gata
Live sucks!
(mas só ás vezes)
O texto é lindíssimo. As emoções tramadas...
Beijo grande
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