Frequentemente a história, a moda ou o lobby não fazem justiça. Acho que é o caso do Mário Zambujal, um escritor genial e mordaz, que usa com uma boa dose de malandragem a lingua portuguesa para contar as suas histórias. Descobri-o ainda no liceu com a Crónica dos Bons Malandros e desde aí nunca mais o perdi de vista. Desta vez lembrou-se de nos contar - em Cafuné - aventuras e desventuras de Frei Urbino e do impetuoso Rodrigo numa das épocas mais surreais da história mundial: a fuga da corte portuguesa para o Rio de Janeiro na sequência dos delirios expansionistas de Napoleão. Boa literatura que nos faz rir de nós proprios. Uma urgência por estes dias.
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