Não resisto a comentar. É demasiadamente tentador. É um exemplo de empreendedorismo e de como estar empregado com um determinado grau de empenho não permite estudar. Para o fazer teria de ter abandonado ora importantes cargos públicos ora dinâmicos cargos privados, responsáveis por alavancarem a economia nacional a olhos vistos. O país precisou dele durante as últimas décadas e ele, claro, homem de valores alicerçados no bem colectivo, não virou as costas à sua pátria. No ano em que entra em vigor uma lei de oportunidades (2006), inscreve-se, por fim e com grande sacrifício pessoal, numa das melhores universidades do país, numa licenciatura intelectualmente exigente que, no ano seguinte, termina com uma nota modesta, não humilhando, desta forma, os seus colegas. Depois, qual sobredotado, toma o mundo nos braços e fá-lo, já certificadamente, avançar. E assim se calam, em definitivo, as vozes sobre a mediocridade intelectual da maioria da nossa classe política.
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