“Estás triste? Isso é da chuva.”
“Estás triste porquê?”
“Na tua idade não ficava triste, não.”
“Estás triste? Não percas tempo com isso!”
“Não estás triste, estás é deprimida!”
“Estás deprimida? Sei de uns comprimidos óptimos…”
“Não fiques triste, a vida são dois dias. Alegra-te, esta aí o fim de semana,vai beber uns copos e…!”
Na sala ao lado há alguém triste, constato . Mas que raio de mundo é este em que não há espaço para alguém estar genuína e anonimamente triste?
sexta-feira, outubro 31, 2008
quinta-feira, outubro 30, 2008
terça-feira, outubro 28, 2008
Causa - Efeito
- Baixa a música, por favor, não aguento!
- Não percebo porque não gostas de música alta, é libertador!
- Não percebo porque não gostas de música alta, é libertador!
- A música alta, sobretudo na qual alguém canta, perturba-me, sempre foi assim. Sabes, eu penso alto, nos dias maus muito alto até. O efeito é igual a ter duas pessoas a gritar ao mesmo tempo num espaço, fora outras interferências... Ensurdecedor.
quarta-feira, outubro 22, 2008
Ainda há esperança...
... de, apartir de hoje, serem produzidos posts com algum interesse renovado porque o frio aquece-me os neurónios e a alma! Cá vai o que a inspiração dá, por enquanto...
No Outono faz mais frio que no Verão. As folhas ficam amarelas e laranjas e caem das árvores. No Outono o senhor que costuma vender gelados vende castanhas. No Outono é quase Natal.
Pronto!
quinta-feira, outubro 16, 2008
(voltar a) Berlim
Ele (muito muito mais velho, ainda professor em Harvard): E então, que tal Berlim?
Ela (deslumbrada): Cidade fantástica, surpreendente. Adorei a nova geração de berlinenses, como deram a volta ao passado pesado, como hoje se tornaram a Meca da arte contemporânea e da arquitectura. Tudo novo e tudo antigo ao mesmo tempo. Tudo simplificado, pouco estratificado. Gostei mesmo muito!
Ele: Estive lá no pós Guerra, estive lá depois do Muro, estive lá há dois anos. Conheço bem os alemães, investiguei aquela sociedade…
Ela: Sim é complexa, percebi. Mas interessante. E a arte?
Ele: Monótona. Os clássicos alemães são uns chatos. A contemporânea é só para distrair, para nos distrair de todos aqueles fantasmas. Tudo acabou em 45, só passou uma geração e meia. O código genético do egoísmo ainda é muito forte. A história é ciclica. Nunca mais lá volto.
Ela (deslumbrada): Cidade fantástica, surpreendente. Adorei a nova geração de berlinenses, como deram a volta ao passado pesado, como hoje se tornaram a Meca da arte contemporânea e da arquitectura. Tudo novo e tudo antigo ao mesmo tempo. Tudo simplificado, pouco estratificado. Gostei mesmo muito!
Ele: Estive lá no pós Guerra, estive lá depois do Muro, estive lá há dois anos. Conheço bem os alemães, investiguei aquela sociedade…
Ela: Sim é complexa, percebi. Mas interessante. E a arte?
Ele: Monótona. Os clássicos alemães são uns chatos. A contemporânea é só para distrair, para nos distrair de todos aqueles fantasmas. Tudo acabou em 45, só passou uma geração e meia. O código genético do egoísmo ainda é muito forte. A história é ciclica. Nunca mais lá volto.
terça-feira, outubro 14, 2008
Voltei...
Subscrever:
Mensagens (Atom)