quinta-feira, setembro 27, 2012

Para Roma, já e em força


No fim de semana passado pus-me dentro do cinema para ver o último filme do Woody Allen. Deliciosas histórias paralelas com Roma em fundo das quais destaco duas: a com o Roberto Benigni sobre a fama e a com próprio Woody que, num momento de inspiração, descobre um talento num duche. Não é um "Match Point" mas capta,como ninguém, a alma romana .

Levitando...


 ...a um dia de férias.

quarta-feira, setembro 19, 2012

maturidade: definição


"Mais tarde, pelos quinze anos, naquela idade em que queremos ser como toda a gente, mudei de opinião. Depois, aos quarenta, regressei ao meu ponto de vista dos seis anos de idade".

Marguerite Yourcenar, De olhos bem abertos, Relógio D'Água

terça-feira, setembro 18, 2012

é teu



Onde quer que o encontres -
escrito, rasgado ou desenhado:
na areia, no papel, na casca de
uma árvore, na pele de um muro,
no ar que atravessar de repente
a tua voz, na terra apodrecida
sobre o meu corpo - é teu,

para sempre, o meu nome.


Maria do Rosário Pedreira, Antologia, Quetzal 2012

segunda-feira, setembro 17, 2012

Catarse

Floresci

Um fim-de-semana cheio. Sábado a descobrir o que há de novo em Lisboa, à tarde o que há de novo na cidadania dos portugueses, participando na maior manifestação de sempre. Domingo uma ida a uma peça do Teatro Rápido, que descobrira no dia anterior – escolhi ” Guarda Chuvas de Chocolate” baseado nas crónicas de Lobo Antunes sobre a infância com direito ao doce e efectivo patrocínio da Regina - e ao concerto no São Luiz de homenagem a Bernardo Sassetti, quase três horas com os grandes nomes da música portuguesa (Rui Veloso, Laginha, Represas, Camané, Carminho, Marta Huggon...) acompanhados pela Orquestra Sinfonietta de Lisboa. Tudo intercalado com as gargalhadas dos amigos, pizza, bolhas nos calcanhares, mandioca frita, pão de malte, correria para chegar a horas e o conselho mais sábio que me deram nos últimos tempos. Floresci para enfrentar este Outono.

sexta-feira, setembro 14, 2012

Está na hora

Se calhar está na hora de fazer mais coisas pela cidadania que pagar impostos, votar, parar nos sinais vermelhos e não deitar papéis para o chão. Amanhã pelas 17h na Praça José Fontana em Lisboa. Mas só para quem gosta de fazer longas caminhadas com companhia.

Coisas espectaculares


Provavelmente não é nenhuma novidade. Queria, contudo, partilhar as coisas espectaculares que eu descubro constantemente aqui sobre Lisboa, Porto, Açores e arredores.

quinta-feira, setembro 13, 2012

Saber umas cenas



Esta coisa de uma pessoa viver dá muito trabalho, além das corriqueirices fisiológicas há o pensamento e o seu confronto com o dos outros, há a condução da vontade, há a intuição e toda uma panóplia de ferrugem existencial para desincrustar. Saber umas cenas implica cuidar-nos para que as fisiologias não aborreçam muito, ora moldar pensamentos de plasticina ora esculpi-los numa rigidez à prova de cretinice própria e alheia. Saber umas cenas implica tirar a carta de pesados e conduzir a vontade até nas impensáveis transversais ingremes, ouvir os gritos desesperados da intuição quando a tentamos abafar com essa compulsão absurda para a racionalização. Eu, está visto, não sei muitas destas cenas mas tenho uma imparável vontade de aprender.

segunda-feira, setembro 10, 2012

Pior a ementa que o cianeto

Depois de uma consciente alienação na sexta-feira, não pude evitar saber o que Passos disse, um fado antes do futebol a que, tudo fazia crer, sucederia, num terceiro momento, um milagre de Fátima que faltou à chamada. Não veio milagre mas um sucedâneo rasca: um pedido de desculpas pelo próprio primeiro-ministro, nessa grande azinheira que é o Facebook. Ali abandona o político e assume o pai e o amigo que dá o ombro e a consciência, que não tem, caso os bravos portugueses precisem. Como é compulsivo da promessa (desta vez adivinha-se verdadeira) adianta (ameaça?), qual fiel proletário da elite que o comanda, que a luta continua. Nos últimos cem anos há quem tenha resolvido algumas crises com este método do medo, aproveitando distrações e incompetências, incentivando divisões e competições ignorantes ou fomentando a incineração. Não podemos ser a Islândia ou a destemida Argentina, estamos afónicos para o grito do Ipiranga e não vale a pena ir ao alto do Restelo agourar o destino das naus encalhadas no cais há séculos. A luz ao fundo do túnel do nosso umbigo apaga-se se não decidirmos, de uma vez por todas, pensar como parar esta revolução cínica que, lentamente, nos anestesia. Pura e simplesmente não queiram.

quinta-feira, setembro 06, 2012

The one and only


Algures, com mais ou menos 10 anos, sentada num sofá a ver pela primeira vez o melhor vídeo clip de sempre. Adorei. Agora sei que nunca o esqueci porque são pouco mais de 4 minutos da mais pura lucidez.